Viva Água


26 novembro, 2019

Denise Araújo alerta nas mídias para os riscos de afogamento


Dezesseis pessoas morrem afogadas diariamente no Brasil e 52% das mortes na faixa de 1 a 9 anos de idade ocorrem em piscinas. Os dados atualizados são da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), que acaba de divulgar novo boletim sobre afogamentos e incidentes aquáticos no Brasil.

Os dados foram repassados pela professora da Viva Água, Denise Araújo em entrevistas e palestras realizadas, neste mês de novembro em rádios e jornais.

Entre as entrevistas de Denise Araújo, uma foi concedida aos jornalistas Edvaldo Oliveira e Mônica Moreira Lima, no programa Contraponto, da Rádio Timbira (foto).

Os casos acontecem também em rios e mares. No último dia 13 de outubro, mais um caso foi registrado no Maranhão, envolvendo um homem de 31 anos, que morreu após se afogar no Rio Munim, em Presidente Juscelino.

A pesquisa revela ainda que, a cada 2 dias, uma criança morre afogada em casa. Os dados já estão disponíveis na internet e endossam a campanha preventiva alusiva ao mês de novembro, referente à segurança aquática. Este mês foi escolhido para a campanha por anteceder ao período de férias, quando o fluxo de banhistas em piscinas, praias e rios aumenta. Em São Luís, o alerta é dado, principalmente, pelas escolas de natação engajadas na luta pela redução desses incidentes fatais.

Segundo a professora de natação Denise Araújo, da Academia Viva Água, 47% dos óbitos ocorrem até os 29 anos. Ela atenta para o fato de que a ocorrência durante o lazer na piscina é duas vezes mais frequente do que a queda acidental. “É um problema seríssimo e é por isso que o mundo inteiro está nessa luta. Os dados divulgados objetivam documentar o tamanho do problema, identificar causas e, claro, apontar soluções de prevenção, resgate e mitigação, municiando a luta pela redução dos casos”, frisa Denise Araújo.

Em São Luís, o esforço para evitar esses incidentes é grande, tanto nas praias quanto nas escolas, como forma de conscientizar principalmente crianças. Segundo o comandante do Batalhão de Bombeiros Marítimos, que monitora as praias de São Marcos, Calhau, Meio e Araçagi, este ano já foram feitas mais de 15 mil abordagens, quando os bombeiros dão dicas de segurança para a população. “São abordagens preventivas para evitar afogamento a partir da orientação correta”, disse ele, informando que esta semana está acontecendo um seminário nacional do Corpo de Bombeiros, com a inclusão do Campeonato Brasileiro de Salvamento Aquático.

Os dados da Sobrasa revelam ainda que crianças de 1 a 9 anos se afogam mais por queda em piscinas e espelhos de água em casa e em seu entorno. E mais: que as crianças que sabem nadar se afogam mais por incidentes de sucção pela bomba em piscina. Crianças maiores de 10 anos e adultos se afogam mais em águas naturais do tipo rios, represas e praias. Embora alguns países tenham demonstrado redução no número de óbitos e incidentes aquáticos, as Nações Unidas antecipam crescimento nos próximos anos, principalmente em países de baixa renda, se não houver intervenção drástica como o uso da prevenção.

Denise Araújo explica que um dos projetos da Viva Água executados no mês da segurança aquática chama-se “Sopro de Vida”, que visa orientar crianças e adultos sobre os cuidados para evitar acidentes que provoquem a dificuldade ou impossibilidade de respirar. As dicas são dadas com a ajuda de um manequim recomendado pela Cruz Vermelha Internacional.

Saiba mais:

– A cada 92 minutos uma pessoa morre afogada no Brasil;

– 47% dos óbitos ocorrem até os 29 anos;

– 52% das mortes na faixa de 1 a 9 anos de idade ocorrem em piscinas e residências;

– A cada 2 dias uma criança morre afogada em casa;

– Mais de 90% das mortes ocorrem porque se ignora os riscos, não se respeita os limites pessoais e se desconhece como agir;

– Considerando o tempo de exposição, o afogamento tem 200 vezes mais risco de óbito que os acidentes de transporte;

– Os números de afogamento são ainda muito subestimados, mesmo em países desenvolvidos;

– 44% dos afogamentos ocorrem nos meses de Novembro a Fevereiro;

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